O Papa Clemente XIII aprovou a Missa em honra ao Sagrado Coração de Jesus e o Papa Pio X, no dia 23 de agosto de 1856, estendeu a Festa para toda a Igreja a ser celebrada na sexta-feira da semana subsequente à festa de Corpus Christi. O Papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus.
Em 15 de maio de 1956, no primeiro centenário da Festa do Sagrado Coração de Jesus na Igreja universal, O Papa Pio XII publicou uma importante Encíclica com o título HAURIETIS AQUAS SOBRE O CULTO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, na qual expõe de forma magistral todo o desenvolvimento do culto ao Sagrado Coração de Jesus, já prefigurado no Antigo Testamento, por vários profetas, como Ezequiel, Zacarias e Isaías: “Haurireis águas com gáudio das fontes do Salvador” (Is 12,3); exaltado pelos apóstolos e evangelistas, como São João, o “discípulo amado que durante a ceia reclinara a cabeça sobre o peito de Jesus” (Jo 21,20); culminando na aparição do Senhor a Santa Maria Margarida, onde Ele próprio indicou o Seu coração como símbolo com que estimular os homens ao conhecimento e à estima do Seu amor, e ao mesmo tempo constituiu-o sinal e penhor de misericórdia e de graça para as necessidades da Igreja nos tempos modernos.
Eis alguns trechos do Documento:
2. Inumeráveis são as riquezas celestiais que nas almas dos fiéis infunde o culto tributado ao sagrado coração, purificando-os, enchendo-os de consolações sobrenaturais, e excitando-os a alcançar toda sorte de virtudes.
22. Não havendo, pois, dúvida alguma de que Jesus possuía um verdadeiro corpo humano, dotado de todos os sentimentos que lhe são próprios, entre os quais campeia o amor, do mesmo modo é muito verdade que ele foi provido de um coração físico em tudo semelhante ao nosso, não sendo possível que a vida humana, privada deste excelentíssimo membro do corpo, tenha a sua natural atividade afetiva.
36. Com razão, pois, pode-se afirmar que a divina eucaristia, como sacramento que ele dá aos homens e como sacrifício que ele mesmo continuamente imola “desde o nascente até o poente” (Ml 1, 11), e também o sacerdócio, são, sem dúvida, dons do sagrado coração de Jesus.
44. Assim como amou a Igreja, Cristo continua amando-a intensamente, com aquele tríplice amor de que falamos (cf. 1 Jo 2,1); e esse amor é que o impele a fazer-se nosso advogado para nos obter do Pai graça e misericórdia, “estando sempre vivo para interceder por nós” (Hb 7, 25).
74. A fim de que a devoção ao coração augustíssimo de Jesus produza frutos mais copiosos na família cristã e mesmo em toda a humanidade, procurem os féis unir a ela estreitamente a devoção ao coração imaculado da Mãe de Deus.
Texto completo: https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_15051956_haurietis-aquas.html